domingo, dezembro 12, 2004

Estranho sentimento esse...

Hoje acordei com vontade de divagar sobre um tema que normalmente me abstenho de comentar: O AMOR.
Se “o amor é eterno enquanto dura”, seremos então capazes de amar diferentes pessoas com igual intensidade, em momentos distintos da nossa vida? Seremos capazes de proferir o tão célebre “Amo-te” a mais que uma pessoa, tendo a efectiva certeza de que é aquilo que sentimos naquele momento? Se a resposta a estas questões for afirmativa uma outra se coloca de imediato: como é que concluímos que aquela pessoa que está agora ao nosso lado é a “tal”; aquela com quem queremos compartilhar a nossa vida, se já antes havíamos colocado essa mesma hipótese, mas relativamente a outra pessoa.
Tantas questões, tão poucas certezas. Possivelmente a única certeza de tudo isto é mesmo concluir que o amor não é mais que um complexo mundo de incertezas, em que uns acreditam e se entregam de alma e coração (desfrutando plenamente enquanto este dura e sofrendo em igual proporção quando este termina) e em que outros mantêm um cepticismo permanente, que os protege e ao mesmo tempo os limita (se nunca sofrerão tanto como os outros, possivelmente também nunca gozarão em pleno todos os momentos que lhe forem surgindo).

1 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Que seja infinito enquanto dure é a paixão posto que é chama. Acho que as pessoas confundem amor com paixão ou têm definições diferentes do que é o amor (normal ser assim). Você pode amar várias pessoas ao mesmo tempo. Amar é antes de tudo amizade, querer bem a alguém, compartilhar sua vida com quem você ama, confiar os seus sentimentos a essa pessoa, saber que ela não vai brincar com o que você sente e vice-versa. E esse é o ponto inicial para a paixão, é difícil conhecer alguém que tenha afinidade suficiente com o seu jeito de sentir, que te entenda e que corresponda a isso. E então surge a chama, a química que torna tudo intenso e você se apaixona por essa pessoa. E isso dura enquanto houver afinidade, pode ser uma vida, pode ser por pouco tempo. Quando a afinidade acaba, passa a paixão, mas resta o amor e ficamos pela vida até que surja uma nova pessoa que comece tudo de novo.

12 dezembro, 2004 15:25  

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