quarta-feira, agosto 31, 2005

Pormenores sociais

As diferenças sociais são um facto inegável na sociedade actual. Sendo que essas mesma diferenças se notam inclusive nas distintas formas de classificar os mesmos actos, dependendo das pessoas em causa.
Senão vejamos:

Um pobre é ladrão, um rico é cleptomaníaco.
Um pobre é bêbado, um rico é alcoólico.
Um pobre é paneleiro, um rico é homossexual.
Um pobre é ridículo, um rico é excêntrico.
Um pobre é drogado, um rico é toxicodependente.
Um pobre mal vestido é um maltrapilho, um rico adoptou um “look negligé”.


…no fundo, é tudo uma questão de denominações!!

sábado, agosto 27, 2005

Prioridades...

Talvez seja apenas por uma questão de egoísmo, na mais pura das suas acepções que hoje, por força das circunstâncias, ganhou maior relevo. Contudo, é assim que eu encaro a (minha) vida as (minhas) relações
Gosto de sentir que, de alguma forma, sou uma prioridade na vida daqueles que, para mim, também o são. Não gosto, nem aceito (uma vez mais emerge a minha intransigência face a “meias medidas”!) assumir apenas um papel secundário, pior, dispensável. Torna-se cada vez mais inconcebível que as pessoas apenas me procurem quando lhes convém: ou porque vêem apenas um ombro nas horas difíceis, ou uma mera companhia para uma noite de copos, ou, porque simplesmente contemplam apenas um corpo…

Quando entrevejo que assim é afasto-me… da forma mais rápida e subtil que encontrar.
Porque as atenções não se reclamam. Não se pede para assumir um papel importante na vida de alguém, porque isso é forjar uma vitória.
Afasto-me, assim, em silêncio porque, tal como um dia ousou dizer o poeta, “de nenhum futuro queiras só metade”.

quinta-feira, agosto 25, 2005

Palavras Dispersas


Conversas. Troca de palavras, recordações, experiências, mágoas.
Palavras difíceis, capazes de magoar mesmo aquele que foi (desde sempre) o meu porto de abrigo.
Conheces a minha voz e a minha expressão como jamais alguém o voltará a fazer.
Conheces o sabor das minhas lágrimas e a sinceridade do meu sorriso.
Conheces o ardor do meu olhar e a sensualidade dos meus pequenos gestos.
…contudo, o mundo gira. O relógio teima em não parar. Nunca! O tempo corre sofregamente rumo a um futuro que ambos desconhecemos. Já não o posso evitar. Também não sei se ainda o quero fazer.

A derradeira conversa, tantas vezes evitada, impôs-se agora. Sem darmos conta, sem a planearmos… e como foi dolorosa a sinceridade que a envolveu.

terça-feira, agosto 23, 2005

(Doce)Vício

O meu objectivo?... Seduzir-te!
Seduzir-te a cada gesto, em cada palavra, em cada olhar. Deixar-te viciado em mim, tentando que o teu único antídoto seja tocares cada pedaço do meu corpo… que, assim, aos poucos, vai sendo teu também.
Os olhares e os sorrisos mostram uma cumplicidade crescente, que me faz querer compartilhar (cada vez mais!) os preciosos segundos que vão fazendo as horas dos meus dias.

Inexplicavelmente prendo-me a ti. Por tudo. Por nada… porque sim!

sábado, agosto 13, 2005

Noites quentes



Deito o meu corpo no chão, a pele sente o calor que as pedras do solo teimam em manter, apesar do adiantado da hora. Olho as estrelas deliciosamente pintadas num céu negro. Penso… e pergunto-me quantas pessoas estarão neste preciso momento a fazer o mesmo que eu (?). Dedicadas a um gesto tão simples, mas por si mesmo carregado de prazer.

Penso na simplicidade dos gestos mais sinceros e de como são apenas esses que ficam na memória quando repensamos momentos idos…
Penso nas histórias que vão construindo aquilo que sou. Pergunto-me se terei sempre feito as melhores escolhas (?!).
…não encontro a resposta que procuro, contudo encontro o eterno conforto da certeza de saber que arrisquei. Sempre!

sexta-feira, agosto 05, 2005

"Saudades..."

Saudades! Sim... talvez... e porque não?...
Se o nosso sonho foi tão alto e forte
Que bem pensara vê-lo até à morte
Deslumbrar-me de luz o coração!

Esquecer! Para quê?... Ah! como é vão!
Que tudo isso, Amor, nos não importe.
Se ele deixou beleza que conforte
Deve-nos ser sagrado como pão!

Quantas vezes, Amor, já te esqueci,
Para mais doidamente me lembrar,
Mais doidamente me lembrar de ti!

E quem dera que fosse sempre assim:
Quanto menos quisesse recordar
Mais a saudade andasse presa a mim!
Florbela Espanca

segunda-feira, agosto 01, 2005

Boas férias...


Apenas desejo a tranquilidade e o descanso, que são os bens que os mais poderosos reis da terra não podem conceder a quem os não pode tomar pelas suas próprias mãos.
(Descartes)