77th Academy Awards - OSCARES 2004

“Million Dollar Baby” foi, sem dúvida, o grande vencedor. Levou para casa as estatuetas mais importantes:

Melhor Realizador: Clint Eastwood - "Million Dollar Baby

Melhor Filme: "Million Dollar Baby"

Melhor Actriz Principal: Hilary Swank - "Million Dollar Baby

Melhor Actor Secundário: Morgan Freeman - "Million Dollar Baby"

Resumindo, estamos na presença de dois mestres na arte de bem-fazer cinema e de uma Senhora capaz de encarnar numa personagem de forma arrepiante (lembram-se de “Boys don’t cry”?). Na minha humilde opinião, todos eles bem entregues.

Por outro lado, “The Aviator” foi o grande derrotado da noite, apesar de ter sido o mais “medalhado”, viu fugir os prémios mais importantes.
Mais uma vez Scorssese não tem a oportunidade de fazer os célebres agradecimentos no palco do “Kodak Theatre”.
Quem também ficou, mais uma vez, sem a estatueta foi Leonardo diCaprio (confesso que estava à espera que fosse ele o vencedor. Nos últimos anos tem evoluído de uma forma incrível e abraçado projectos de óptima qualidade. A sua prestação no filme de Scorssese foi de uma precisão quase agoniante.)

Javier Bardene e Alejandro Aménabar viram o seu trabalho premiado com o Óscar para melhor filme estrangeiro: “Mar Adentro”. “Sideways” foi considerado como o melhor argumento adaptado. Já “O despertar da mente” conseguiu a estatueta de melhor argumento original.

Para o ano há mais!!!!

Curiosidades

Sabiam que o prazo internupcial (ou seja, aquele que decorre entre dois casamentos contraídos pela mesma pessoa) previsto legalmente é diferente consoante se trate de um homem ou de uma mulher?
Assim, são necessários 180 dias para os homens!E 300 dias para as mulheres!
Tudo isto para prevenir que as senhoras mais espevitadas enganem os supostos pais dos filhos que alegam estar à espera!!!

Para que a mulher possa igualar o prazo de 180 dias (previsto inicialmente para os homens) deve obter uma declaração judicial comprovando que não está grávida!!!

Momento de humor

Ora aqui está uma coisa capaz de arrancar alguns sorrisos!!!

Diferentes perspectivas de vida!

Até que ponto somos capazes de arriscar, pôr em causa os planos feitos a longo prazo, deixarmo-nos ir apenas motivados pela vontade de alcançar um sonho?

Isto vem a propósito de um DVD assistido ontem em família e enviado por um primo meu que, a dada altura da sua vida, decidiu ir em busca de um sonho e com pouco mais que uma mochila às costas e uma câmera de filmar nas mãos decidiu fazer a viagem da sua vida.
Estava a um ano de terminar um curso superior, tinha uma relação de cinco anos com a namorada e, quase sem dar-mos por isso, desprendeu-se de tudo isso, pode dizer-se mesmo que “mandou tudo às favas”. Começou uma jornada incrível, percorreu quase toda a Europa, conheceu imensas pessoas e, inclusive, encontrou um novo amor… neste momento, e depois de 19 horas de voo a partir de Itália, está na China.
Saiu de casa há já quase um ano, ainda não voltou. Está mais feliz do que alguma vez esteve no tempo em que levava a vida certinha e rotineira que agradava à família. Arriscou, perseguiu um sonho e está feliz!
Até que ponto é que cada um de nós conseguia fazer o mesmo? Ir contra ventos e marés, abandonar a rotina do dia a dia para, sem certezas nenhumas, se fazer um cidadão do mundo e procurar a felicidade fora daqueles que são considerados os parâmetros normais?

Exemplo de vida

Não é novidade que cada um de nós vive diariamente encarcerado no seu pequeno mundo (fruto de uma sociedade egoísta, invejosa e que, em muitos casos, chega mesmo a ser sádica), pensando, num acesso constante de egoísmo, que os seus problemas são os maiores do mundo. Por vezes, infelizmente, essa perspectiva está muito perto da realidade, mas outras…
O que é uma nota menos boa num exame, um caso amoroso acabado, um arrufo entre namorados comparado com o descobrirmos que alguém que nos é muito querido e muito próximo sofre de uma das doenças mais terríveis descobertas até hoje, que retira um dos bens mais preciosos que o ser humano possui: a lucidez.
Felizmente não aconteceu comigo (lá está, o egoísmo a surgir novamente!), mas aconteceu com uma pessoa que me é muito querida. E apesar de ter descoberto que uma das pessoas que mais amava estava gravemente doente, não desistiu, não baixou os braços, acima de tudo, não fugiu. Continua lá, a apoiar, a dar carinho, a cuidar. E, acima de tudo, continua a enfrentar a vida com um sorriso nos lábios e de braços abertos a agradecer cada novo dia que lhe é oferecido.
Tudo isto fez-me pensar que, apesar de todos os meus problemas, sou uma pessoa bafejada pela sorte. Os meus pequenos problemas não são mais que isso mesmo: pequenos problemas.

pensamentos...

“Criticar os costumes dos homens, sem atacar ninguém em particular, será realmente morder? Não será antes o desejo de ensinar ou aconselhar? (…) Uma sátira que não poupa nenhuma das condições humanas não pretende atacar homem algum em particular, mas sim os vícios de todos. Se alguém se ergue a gritar que foi ofendido, confessa que se sente culpado, ou pelo menos que em segredo se inquieta.”

Erasmo in Elogio da loucura

Escolhas...

«Mas, na verdade, será o peso atroz e a leveza bela?
O fardo mais pesado esmaga-nos, verga-nos, comprime-nos contra o solo. Mas, na poesia amorosa de todos os séculos, a mulher sempre desejou receber o fardo do corpo masculino. Portanto, o fardo mais pesado é também, ao mesmo tempo, a imagem do momento mais intenso de realização de uma vida. Quanto mais pesado for o fardo, mais próximo da terra se encontra a nossa vida e mais real e verdadeira é.
Em contrapartida, a ausência total de fardo faz com que o ser humano se torne mais leve que o ar, “fá-lo voar”, afastar-se da terra, do ser terrestre, torna-o semireal e os seus movimentos tão livres quanto insignificantes.

Que escolher, então? O peso ou a leveza?»

Milan Kundera in A Insustentável leveza do ser

Comentários inocentes (...ou nem tanto)

O Joãozinho e a sua irmã joaninha costumavam tomar banho juntos. Um dia, a Joaninha fez uma birra monumental:
- Eu quero uma pilinha como a do mano!!! – Berrava a plenos pulmões.
A mãe, pacientemente, lá a convenceu dizendo-lhe:
- Se te portares bem quando fores grande também tens uma.
Ao que o Joãozinho acrescenta:
- E se te portares mal, terás muitas…

Agradecimentos (uma vez mais...)

Hoje o meu agradecimento vai especialmente para o Rui pelo facto de ter criado no seu blog um link directo para este meu espaço. O Anjinho, envaidecido, agradece...